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Colorado das glórias

Orgulho do Brasil

sexta-feira, 13 de abril de 2018

O primeiro Robertão e o gol de Lambari

O primeiro Robertão disputado pelo Inter foi através de um Comitê formado por colorados e gremistas, em uma parceria que tinha entre outras coisas, um caixa único e que foi lucrativo aos dois clubes. O feito aconteceu em 1967 e 1968. Em 1969 com a inauguração do Beira Rio a parceria se encerrou.

"Para o Internacional, o ano de 1967 foi diferenciado. O Colorado, depois de cinco anos, voltava a disputar um torneio de âmbito nacional. Após o honroso 3º lugar na Taça Brasil de 1962, o Robertão de 67 abriu novamente os caminhos do Inter ao cenário futebolístico nacional.
O dia 28 de maio de 1967 é uma data histórica para o Colorado. Em um duelo contra o Corinthians, o Internacional obteve a primeira vitória de um time gaúcho no estádio Pacaembu. O 1 a 0 foi garantido com um gol do jovem atacante chamado Lambari*, vindo do modesto Tamoio, de Santo Ângelo. O Corinthians contava com Dino Sani, Rivelino, Flávio Minuano e Gílson Porto." oscoloradosanonimos.blogspot 
Fonte página e destaque:Jornal Folha da Tarde - Suplemento Especial - 05/09/1969
* Paulo Ferreira  dos Santos, conhecido como Lambari, iniciou sua carreira nos juvenis do Tamôio de Santo Ângelo, onde em 1960 foi campeão da 2ª Divisão de Profissionais.
Vindo do S. C. Rio Grande, ingressou no Internacional em 1967, período em que o clube se dedicava a construção do Beira-Rio, Lambari no ano da inauguração do estádio esteve emprestado ao E. C. Juventude de Caxias/RS e depois para o clube Londrina F. C. em. Londrina/PR.
A chuteira de Lambari usada no jogo de 1967 foi exposta em vitrines de lojas em Porto Alegre. 
O gol feito por Lambari (indicado na foto), ficou na história do Inter, como o gol da primeira vitória de um time gaúcho em São Paulo.
Ficha de jogo: Coletânea Helio Dias

Fontes:
Acervo /Arquivo Histórico SCI/Biblioteca Zeferino Brazil/Sport Club Internacional
Jornal Folha da Tarde - Suplemento Especial - 05/09/1969 -  disponível para pesquisa na Biblioteca Zeferino Brazil /FECI - Sport Club Internacional - 2º andar do Gigantinho
Revista Placar nº 343 - Novembro/1976 - acesso on line - https://books.google.com.br/books - exposição+da+chuteira+de+lambari
Ficha de jogo: Coletânea Helio Dias  - Museu do Sport club Internacional Ruy Tedesco
Blog: oscoloradosanonimos.blogspot - reliquiasdofutebol.blogspot.com.br


sexta-feira, 6 de abril de 2018

Beira Rio - 50 anos

Vista aérea durante a construção do estádio, acervo Arquivo Histórico S.C.I
"A história do Estádio Beira-Rio começou no dia 12 de setembro de 1956, quando o vereador Ephraim Pinheiro Cabral, três vezes presidente do Internacional, apresentou na Câmara de Porto Alegre o projeto de doação de uma área que seria aterrada junto ao Guaíba. A complexidade da obra fazia com que ela não saísse do papel. Até que, numa noite de 1960, ao chegar nos Eucaliptos e se deparar com uma multidão fora do estádio, pois não havia mais lugar, Ruy Tedesco e Telmo Thompson Flores pediram uma reunião com o presidente Ephraim Pinheiro Cabral para tratar do assunto. 

No encontro, definiram José Pinheiro Borda como presidente da Comissão de Obras: um homem de visão, que trabalhava exaustivamente pelo clube e possuía muito tempo para controlar aquela grandiosa construção. Não demorou, Borda conseguiu, da prefeitura, uma máquina para colocar terra sobre a água do Guaíba que cobria o terreno.

Pinheiro Borda dedicava-se ao máximo. Ruy Tedesco praticamente abandonou a sua firma de engenharia para se engajar no mutirão. Campanhas por rádio conclamavam o torcedor colorado da capital e do interior a doarem tijolos, cimento e ferro. Em julho de 1962, José Pinheiro Borda e o prefeito Loureiro da Silva lançaram a pedra fundamental. A venda de títulos para arrecadar fundos para a obra, que em um ano havia vendido apenas dois mil, com o início da construção rapidamente chegou aos 40 mil.

Era comum os torcedores irem até o local da obra e ficarem assistindo a movimentação dos pedreiros, contemplando aquele gigantesco estádio que estava sendo erguido e projetando novos tempos de conquistas, pois a década de 60 era de vacas magras, com as atenções do clube voltada para a construção da nova casa.
Com o falecimento de Borda, Ruy Tedesco assumiu a presidência da Comissão. O estádio, antes da inauguração, já tinha nome: José Pinheiro Borda. Em 1968, o Gigante já se mostrava imperioso, mas ainda levou um ano só com acabamentos, para que ele fosse inaugurado como o mais bonito e luxuoso do Brasil. Sua iluminação era a melhor existente, com o dobro de potência do Maracanã. O placar eletrônico era o que de mais moderno havia. Os vestiários e as cabines de imprensa davam inveja.
No dia 06 de Abril de 1969, um domingo, foi inaugurado o Gigante da Beira-Rio."







No aniversário de oito anos do Beira-Rio, o Jornal do Inter fez uma homenagem, com uma edição voltada para a construção do Gigante da Beira-Rio.


Texto retirado da Revista Gool, Ed. 141/2009
Fonte: Jornal do Inter, Ano II - Número 41, Abril de 1977, disponível no acervo do Arquivo Histórico e Biblioteca Zeferino Brazil